O comportamento das crianças nos desafia. Como mencionado no artigo sobre sono, os adultos aparentam ter uma dificuldade com o choro das crianças. E a mesma situação acontece com as birras. Quem nunca presenciou ou viu em algum vídeo crianças se jogando no chão porque os pais não compraram o brinquedo que ela queria? Como você se sentiu assistindo à cena?
A fase das birras se inicia a partir dos 1,5 ou 2 anos de idade. Poderíamos chamar, de um modo mais simples e comum, de “adolescência do bebê”. Ele começa a demonstrar interesse em fazer as coisas sozinho, expõe resistência a algumas atividades e manifesta sua irritabilidade com algumas situações. Isso é que chamamos de explosões de raiva ou birras.
Como as birras “acontecem” no cérebro
As crianças entram em um ciclo: há um gatilho (não comprar um brinquedo, por exemplo), a partir disso, surgem manifestações físicas (gritos, choro), com a ativação do sistema nervoso simpático. Com a liberação de cortisol, o pequeno começa a ficar estressado, chora, se joga, esperneia, não quer que você fique por perto etc. É importante tentar conversar com a criança, sem interromper esse ciclo e irritando-a ainda mais.
No final da explosão, a criança se arrepende e te procura. Então tente entender isso e não se aborrecer com a redenção, fazendo com que ela se estresse e recomece o ciclo.
Quer saber mais sobre o assunto?
No Reservatório de Dopamina, temos o módulo de Neurociência da Infância com Daiane Fraga, para que você possa entender as necessidades de um cérebro em desenvolvimento.