Senso de justiça das crianças

Leia o artigo e conheça as fases de maturação do senso de justiça no cérebro das crianças.

No artigo “Seja legal com seu colega”: a empatia das crianças, falamos sobre as dificuldades da criança em compartilhar o que lhe pertence. Esse fato tem relação também com a maturação do senso de justiça dos pequenos, que passa por três estágios:

 

Justiça distributiva

Nesse primeiro estágio, a criança apenas pensa em como as pessoas estão sendo justas com ela mesma. Portanto, se alguém ganhar um presente e ela não, haverá um questionamento sobre a razão disso acontecer. Esse comportamento é natural, pois a criança ainda está desenvolvendo a capacidade de entender a perspectiva dos outros.

 

Repressão de terceiros

Nessa fase, a criança acredita que toda injustiça precisa de uma punição. Por essa razão, áreas do cérebro envolvidas com análise e planejamento de ações estarão trabalhando intensamente. É comum que, nesse estágio, a criança se mostre mais rígida em relação às regras e espere que elas sejam cumpridas rigorosamente por todos.

 

Norma cooperativa

Na última fase, a criança fica ciente de que existe uma norma geral que todos devem seguir, tanto em casa quanto na escola. Logo, o cérebro dela realizará cálculos para entender como a justiça funciona naquele ambiente. Aqui, a criança começa a entender a importância da cooperação e da equidade nas interações sociais.

 

Conhecer e entender as fases do desenvolvimento do senso de justiça e saber em qual delas o seu bebê está é fundamental. Dessa forma, poderemos compreender o que está acontecendo quando o pequeno se recusa a dar um brinquedo a outro colega, por exemplo, e o que podemos fazer para lidar com isso. Compreender essas fases também nos ajuda a orientar e apoiar as crianças na construção de valores como empatia, respeito e solidariedade.

 

Estratégias para promover a empatia e a justiça nas crianças

  1. Modelagem de comportamentos justos: As crianças aprendem observando os adultos ao seu redor. Por isso, demonstrar comportamento justo e empático em suas próprias ações é essencial;
  2. Discussão sobre sentimentos e consequências: Conversar com as crianças sobre como suas ações afetam os outros pode ajudar a desenvolver empatia. Então, pergunte como elas se sentiriam se estivessem na situação do outro;
  3. Reforço positivo: Elogiar e recompensar comportamentos justos e cooperativos encoraja a repetição dessas ações;
  4. Ensinar a resolver conflitos: Ajude as crianças a resolverem conflitos de maneira justa, incentivando a comunicação aberta e a busca por soluções que beneficiem todos os envolvidos.

 

 

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