A pornografia tem se tornado cada vez mais acessível e difundida na sociedade atual, e muitas pessoas não estão cientes dos impactos negativos que esse vício pode ter no cérebro. Neste artigo, vamos explorar os efeitos da pornografia no cérebro e fornecer estratégias eficazes para se livrar desse vício. Prepare-se para descobrir como proteger sua saúde cerebral e restaurar uma vida plena e saudável.
Os efeitos da pornografia no cérebro
Desensibilização
A exposição repetida à pornografia pode levar à desensibilização do cérebro aos estímulos sexuais. Isso significa que, com o tempo, é necessário um nível cada vez maior de estímulo para obter a mesma excitação. Isso pode afetar negativamente a resposta sexual e o prazer real na vida cotidiana.
Vício e recompensa
A pornografia ativa o sistema de recompensa do cérebro, levando à liberação de dopamina, neurotransmissor associado à recompensa. Com o tempo, o cérebro pode se tornar condicionado a buscar constantemente esse estímulo, resultando em um ciclo vicioso de busca por pornografia.
Disfunção erétil e problemas de intimidade
A exposição excessiva à pornografia pode estar relacionada a problemas de disfunção erétil em homens e dificuldades de intimidade e satisfação sexual em ambos os sexos. Isso ocorre devido às expectativas irreais e hiperestimulação proporcionadas pelo vício em pornografia.
Impacto no bem-estar mental
O consumo excessivo de pornografia tem sido associado a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão, baixa autoestima e distorção da imagem corporal. A exposição constante a conteúdos pornográficos pode criar uma desconexão entre a realidade e a sexualidade saudável.
Como se livrar do vício em pornografia
Reconheça o problema
O primeiro passo para se livrar do vício em pornografia é reconhecer que existe um problema e estar motivado para mudar. Tome consciência dos prejuízos que o vício em pornografia está causando em sua vida e no seu bem-estar.
Busque apoio
Encontre pessoas de confiança, como amigos, familiares ou profissionais de saúde, com quem possa compartilhar suas dificuldades. O apoio e a compreensão de outros podem ser fundamentais durante o processo de recuperação.
Estabeleça metas realistas
Defina metas claras e realistas para reduzir gradualmente o consumo de pornografia. Isso pode incluir períodos de abstinência, limitar o acesso a dispositivos eletrônicos ou implementar um bloqueador de pornografia.
Envolva-se em atividades saudáveis
Substitua o tempo gasto em pornografia por atividades saudáveis e gratificantes pode ser uma boa alternativa. Pratique exercícios físicos, aprenda uma nova habilidade, envolva-se em hobbies ou participe de atividades sociais.
Busque terapia ou grupos de apoio
Terapia individual ou em grupo pode ser extremamente benéfica para compreender as raízes emocionais do vício em pornografia e desenvolver estratégias eficazes para superá-lo. Existem também grupos de apoio online que fornecem suporte e compartilham experiências.
Pornografia no Brasil
Segundo pesquisa realizada a pedido do Canal Sexy Hot, a fim de traçar um perfil do público, no Brasil, em 2018, havia 22 milhões de pessoas que assumiram consumir pornografia, sendo a maior parte jovem, de classe média alta e em um relacionamento sério.
A pornografia pode ter sérios prejuízos para o cérebro e a saúde mental. No entanto, é possível se livrar desse vício e restaurar uma vida plena e saudável. Ao reconhecer o problema, buscar apoio, estabelecer metas realistas, envolver-se em atividades saudáveis e considerar a terapia, você estará no caminho para superar o vício em pornografia e alcançar uma sexualidade saudável e gratificante. Lembre-se de que cada pessoa é única, e é importante buscar ajuda profissional caso sinta dificuldades significativas na superação do vício.
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*Eslen Delanogare é neurocientista, psicólogo, palestrante e empresário. Fundador do Reservatório de Dopamina, a maior comunidade sobre desenvolvimento humano e saúde mental do Brasil. Doutorando em Neurociências, pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), pesquisa sobre possíveis efeitos protetores de metformina sobre as alterações metabólicas, comportamentais e neuroquímicas induzidas por dieta rica em gordura em camundongos.
Fonte de dados: G1