A sexualidade humana envolve fatores sociais, racionais, emocionais, sensoriais, reflexivos e muitos outros, principalmente históricos e sociais. Por essa razão, vamos passear pela linha do tempo dela.
Pré-história: o sopro da vida
Nessa época, não existia a ideia de casal. Todos viviam em grupos: as crianças pertenciam a todos os homens e a todas as mulheres; elas eram de todos os homens; e estes de todas as mulheres. Ou seja, ninguém era de ninguém – a monogamia não existia. As pessoas desse período achavam que as crianças eram presentes da natureza. Para os pré-históricos, as mulheres eram presenteadas com “o sopro da vida”, e, assim, engravidavam, pois ainda não havia a ideia de procriação.
1.000 a.C: pênis grande é sinônimo de prazer?
Nessa época, havia o culto aos deuses, e o principal deles era o deus da fertilidade Príapo, filho de Dionísio e Afrodite. Era o deus da fecundidade tanto da terra quanto dos casais. Representavam-no com uma estátua que possuía um órgão genital sempre ereto e grande – talvez esse seja o motivo de associarem pênis grande ao prazer.
Conta-se que os seres humanos descobriram as causas da fecundação quando começamos a cultivar plantas e animais. Por meio dessa criação, descobrimos que, nos grupos de ovelhas em que havia um macho, as fêmeas ficavam prenha. Por essa razão, ficou decidido que o homem é responsável por fecundar – isso fortalece as bases do patriarcado.
Grécia: o exército de Tebas e o amor verdadeiro
Nessa época, os homens odiavam ser casados e desprezavam as mulheres. O casamento heterossexual era apenas um meio para fazer soldados, e o verdadeiro amor só existia entre homens. Eles acreditavam que essa relação era a arma mais poderosa no campo de batalha. Por essa razão, o exército era composto por 150 casais homossexuais – e foi vitorioso contra os guerreiros de Esparta.
Roma e fezes de rato
Nessa época, as pessoas começaram a descobrir os métodos anticoncepcionais, como o ato do coito interrompido, ou inserir mel ou fezes de rato no canal vaginal – isso mesmo que você leu: fezes de rato. Nesse período, também disseminaram a proibição do sexo oral – será que há alguma conexão com a atualidade? É nesse momento da história que a Igreja Católica começa a determinar o que era certo e errado; o que pode e não se pode fazer. Com isso, também surge a Inquisição, que queimava mulheres que dominavam alguns conhecimentos sobre sexualidade na frente de seus familiares.
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Lá no Reservatório de Dopamina, temos um módulo sobre sexualidade com Gabriela Cruz. Por meio dessas informações, você poderá enxergar a sim mesmo e o outro através das lentes do comportamento sexual.
Gabriela Cruz é uma psicóloga clínica que possui 12 anos de experiência. É especializada em Sexualidade Humana, formada em Terapia Cognitivo-Comportamental e Terapia Cognitiva Sexual, e é supervisora clínica e coordenadora de equipe na Clínica BeHealth.